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Cerca de quatro mil pessoas assistiram aos espetáculos ao longo da programação
O 6º Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha encerrou neste domingo (12) com o Municipal lotado para o espetáculo “Nós”, do Grupo Galpão (MG). A cena se repetiu várias vezes durante os 12 dias de programação: cerca de quatro mil pessoas assistiram aos espetáculos oferecidos. Promovido pela Fundação Cultural de Itajaí, esta edição consolidou o evento como um dos maiores do Sul do país com a participação de artistas e grupos de teatro renomados, que atraíram as atenções para o município.
Desde o primeiro dia, o Festival registrou sessões lotadas em vários espetáculos e um público ávido por novas experiências e reflexões. Grandes nomes, como Renata Sorrah, Grace Passô e Fábio Osório Monteiro, além de peças premiadas, passaram pelo Teatro Municipal, Casa da Cultura Dide Brandão, Itajaí Criativa e ruas do município.
Para o superintendente administrativo das Fundações, Normélio Pedro Weber, a realização do festival proporcionou três grandes ganhos: para os grupos de teatro locais, que tiveram a oportunidade de relacionamento e troca de experiências com companhias de renome; para o público, que pôde assistir peças de qualidade e repercussão nacional; e para a cidade através do movimento cultural e econômico.
“Estamos muito satisfeitos com o resultado, foi um evento que envolveu muitas pessoas e é uma riqueza para a cidade. Consideramos que este festival se tornou um dos maiores do Sul do país e isso fez com que viessem para cá grandes grupos do Brasil. A intenção é manter esse evento e fazê-lo cada vez mais forte e vibrante”, destaca Weber.
Além do sucesso de público, o Festival Brasileiro de Teatro também quebrou o recorde de inscritos neste ano: foram recebidas 535 propostas de grupos e companhias de todo país e selecionados 20 espetáculos e dois convidados. Em um contexto de redução de investimentos na cultura no país, Itajaí também mostrou que está na contramão, ampliando em 30% a quantidade de apresentações e a duração do evento.
“A cidade está de parabéns por ter bancado esse festival, que sei que foi com recursos próprios e sem apoio do governo federal. Acho que a gestão fez um bem para a cidade”, comenta Silvestre Ferreira, diretor de teatro de Joinville.
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Experiências e reflexões
O público ressaltou ainda a oportunidade de entretenimento que o festival proporcionou. “Eu achei maravilhoso, porque é uma proposta cultural que as pessoas acabam se divertindo, mas também refletindo. Acredito que para a população é muito válido e deveria ter mais vezes. Acho fantástico ter um momento de cultura e poder sair da rotina”, afirma a psicóloga Saionara Barili.
Para os grupos de teatro locais a experiência foi marcante. Foram 12 de dias para troca de experiências com grupos renomados. A atriz e professora do Grupo Porto Cênico, Valéria de Oliveira, destaca que a resistência posta em todas as obras apresentadas fortalece o dia a dia dos grupos locais, oxigena os fazeres teatrais e encoraja as lutas da classe artística.
“A 6° edição do Festival Toni Cunha foi sem dúvida muito superior às últimas. A curadoria foi de excelência, isso se revelou na qualidade artística e política dos espetáculos apresentados. Esse Festival disse ao nosso público e a nós fazedores de teatro: estamos nos reinventando, resistindo e te convidamos a isso”, comenta a atriz.